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Jaime Wright

Jaime Wright

Jaime Nelson Wright (Curitiba, 12 de julho de 1927[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Vitória, 29 de maio de 1999[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi pastor presbiteriano e defensor dos direitos humanos no Brasil.

Um nome para a liberdade

Filho de missionários presbiterianos estadunidenses,[1] Jaime Wright formou-se pela Universidade de Arkansas, e pós-graduou-se na Pensilvânia, exerceu o ministério no interior da Bahia, destacando-se em Caetité, no final da década de 1960 e começo da seguinte. Ali marcou pelas denúncias contra desvios em órgãos do governo estadual, o que lhe valeu as primeiras perseguições por parte de um regime que não tolerava a exposição de suas mazelas. Na loja maçônica de Caetité, em 1968 fez a instituição aprovar uma declaração que condenava a transgressão aos direitos humanos.[2]

Em 1973 seu irmão, Paulo Wright, deputado estadual cassado por Santa Catarina e militante de esquerda, desaparece nos porões da ditadura.[3] Jaime parte, então, para uma luta que o fez reunir uma farta documentação sobre a tortura e assassinatos praticados pelo Estado. De forma secreta, une-se ao cardeal arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns e ao Rabino Henry Sobel,[4] que resultou em 1985 na publicação do livro Brasil: Nunca Mais – um marco na história dos direitos humanos no país, em que a tortura e os torturadores são expostos com base no farto material por ele reunido[5].

(Nesta ocasião, por volta de 1974, Jaime Wright foi dos primeiros pastores a rebelar-se contra a postura do reverendo Boanerges Ribeiro que, de forma impositiva, emprestou apoio das entidades presbiterianas ao regime militar tendo participado da fundação de entidade dissidente, a FENIP, núcleo do qual originou-se a atual Igreja Presbiteriana Unida do Brasil).

Foram consultados mais de 700 processos, listados mais de 1.800 casos de tortura, e constatados o desaparecimento de 125 pessoas durante o período sombrio de 1964 a 1979. Engendrou o encontro de Dom Paulo com Jimmy Carter, onde foi entregue uma lista de desaparecidos políticos do regime ditatorial[3]

Seu nome figura dentre os brasileiros que mais contribuíram para que o país repudiasse a tortura, em nome da cidadania e dos direitos fundamentais do homem.[6] Escreveu o filme “O Punhal” em 1959, produzido em Itacira, município de Wagner (Bahia), pelo reverendo Ricardo William Waddel.[7]

Ver também

Referências

  1. «Jaime Wright - Memórias da ditadura» 
  2. SANTOS, Helena Lima. Caetité, Pequenina e Ilustre, Tribuna do Sertão, Brumado, 1996; Revista Veja, de 6 de junho de 1999 e
  3. 3,0 3,1 sítio da Fundação Perseu Abramo[ligação inativa], artigo de Paulo Moreira Leite, extraído de texto publicado na revista Caros Amigos (consultado em 4 de janeiro de 2008, às 16:01)
  4. Jornal Folha de S. Paulo, edição de 30 de maio de 1999, Primeiro Caderno, página 5
  5. Entrevista com dom Paulo Evaristo Arns, transcrita do Jornal do Brasil - 13/6/99. Ali o prelado católico afirma que:
    "Trabalhamos mais de nove anos lado a lado, como dois irmãos ligados pelo sangue e pelos ideais de defesa dos direitos humanos" (consultado em 4 de janeiro de 2008, às 16:03).
  6. Revista Veja, de 7 de junho de 1999; Revista IstoÉ, de 9 de junho de 1999.
  7. Faculdade 2 de Julho "2 de Julho: 80 anos construindo o saber". Salvador: F2J,2008.
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